sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Salve-se quem puder, a modernidade chegou!

As cores sempre estiveram muito presentes em meu mundo, marcando um fato ou outro. Lembro-me que ainda pequena a cor alaranjada era uma forte referência, recordo-me das tardes quentes por volta das 14h00min, as ruas vazias, as casas amareladas, sol a pino e aquele tom forte envolvendo todo o ambiente. Lá por volta dos anos da minha mais bela infância (Não que eu tenha problemas com as datas, apenas não me recordo com precisão) em uma dessas tardes silenciosas e quentes, um barulho forte como de trovoadas começava a ressoar nos arredores e ficava cada vez mais forte, como num passe de mágica as pessoas foram aparecendo saindo de dentro de suas casas curiosas. Aos poucos, o barulho parecia ensurdecedor e de curiosos todos estavam visivelmente amedrontados, olhavam para o céu protegendo-se do sol, mulheres pegavam seus filhos no colo enquanto gritavam pelos maridos, como se os coitados dessem conta de exercer seu papel de protetor ao que desse e viesse, e de repente, surgiu naquele céu azul dois aviões pequenos que voavam rasantes, era o caos, jamais visto antes, homens e mulheres corriam de um lado por outro desnorteados, escondiam entre as bananeiras, debaixo das camas e gritavam: - Salvem as crianças, è o fim do mundo! Tudo isso aconteceu em questão de minutos, mas que pareceram uma eternidade,quando os aviões se foram todos estavam á exaustão tamanho susto, aos poucos as pessoas foram saindo dos seus esconderijos, procurando entender, sentavam-se nas calçadas:- Que será isso meu Deus? E naquele momento não havia pobre nem rico, preto nem branco, o medo os tornara semelhantes, as respostas não chegavam rápidas como hoje, as carências de informação, isolamento interiorano, e como conseqüência: a insegurança, própria do ser humano diante do desconhecido. Aquela sensação de impotência configurava as mazelas do ser humano. Aos poucos tudo foi se aquietando e os corações sobressaltados foram acalmando,ainda era possível ouvir de um ou outro machista dizendo algo como:-“Não tive medo,apenas esperei”.Felizmente esse não podia ver a palidez de seu rosto.Depois de algum tempo souberam que era uma maquina construída pelo homem, naquele instante perceberam que dali por diante a proporção de ganhos era a mesma de perdas com a chegada da modernidade.


Após ler essa crônica , minha filha Alexandra surpresa perguntou: - "Isso aconteceu realmente, mãe?" Penso que ela achou remoto demais por ser vivido por mim, sua mãe.

domingo, 22 de agosto de 2010




"Um dia desses,eu separo um tempinho e ponho em dia todos os choros que não tive tempo de chorar."

Carlos Drummond de Andrade.



Cidadezinha Qualquer

Casas entre bananeiras
mullheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar...as janelas olham.
Eta vida besta meu Deus.

Carlos Drummond de Andrade


"Sempre que leio esta poesia me vem a imagem da minha cidade,não é qualquer pois tem significância, seu ar provinciano,eminentemente rural a torna parecida com muitas outras interioranas, as casas comumente tem quintais rodeados de bananeiras e flores principalmente laranjeira, que retrata toda a pureza e simplicidade de uma vida levada a passos lentos.Receio por essa” vida besta “ que vem se transformando e sendo remodelada com a modernidade."


se eu pudesse escolher teria vivido nesse momento,só para sentar na varanda da casa coberto de flores,e ver a minha frente aquela figura esguia,de rosto fino e óculos redondos de aro preto e ouvir aquela voz baixa e rouca soletrando versos com a leveza magistral incomum a outro ser.



De repente meu filho Lucas me chama:-Mãe, olha quem veio nos visitar!
-No meu quintal! É lindo demais!!! Exclamei.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010






Há em mim um anjo feito criança, que vezes ou outra insiste em acordar e me fazer viver momentos inesqueciveis, "I Passeio Ciclistico da escola E.E Violeta Mageste Pereira"

domingo, 15 de agosto de 2010



"Dentro de mim corre um rio, que alimenta as minhas entranhas e me sustenta , tonando-me forte para seguir meu caminho, são minhas mais profundas raizes! "

É TEMPO DE COLHEITA !

As sombras da noite aproximavam se lentamente, ele estava sentado na varanda com os pés esticados na cadeira ao lado, o cansaço de mais um dia começava a pesar sobre os ombros há muito curvados pelo tempo, o pensamento fazia uma retrospectiva de sua vida, olhou em direção ao campo e admirou a plantação, metaforicamente comparou-a á vida, no início seiva a terra, é o preparo para receber a vida, são as nossas escolhas; em seguida a semente é jogada na terra fértil; quando germinada, cresce e produz frutos que servirão de alimento para muitos, assim somos nós, tudo vai depender do plantio que fizermos durante a nossa vida. Foi alertado pelo barulho rasteiro dos chinelos de Nhanhá(ganhou esse apelido quando as crianças ainda eram pequenas e carinhosamente toda casa passou a chama-la assim.) sobre o assoalho:-A Sinhá quê sabê se posso servi o jantá?Como se não tivesse ouvido disse –É Nhanhá a plantação está pronta, o que tinha de ser feito, feito está. Ela retrucou:-Já falei prá Sinhá que esse sol quente inda vai te cozinhá os miolo,que ideia, há quanto tempo já se plantou.,e saiu resmungando . Ao virar-se viu sua imagem refletida no vidro da janela, o cabelo a névoa do tempo já havia marcado, passando as mãos sobre o rosto disse a si mesmo:- O tempo passou tão depressa. Recordou-se dos filhos ainda pequenos correndo pela casa, trazendo vida a todos os cantos, eles cresceram e se foram, hoje suas visitas são esporádicas, estão plantando mundo a fora. Novamente o som da voz de Nhanhá vindo do corredor falando alto:-È mió o sinhô levantá daí e prepará pro jantá, a Sinhá já tá incomodada. Ele olhou para ela, com o olhar fixo e pôs a mão em seu ombro dizendo:- Sabe Nhanhá, está se aproximando o tempo de colheita. - Aproximando?Acho que tá passando da hora, oia pra essa plantação, não tô te entendendo sinhô, anda tão esquisito, disse Nhanhá.Seguiram casa adentro.Após o jantar como costume ele e a Sinhá tomaram o café na sala.Aos poucos a casa também foi adormecendo .Pela manhã, muito antes do dia trazer consigo toda aquela claridade que nos impõe a enxergar com precisão todas as mazelas da vida a fumaça anunciava que Nhanhá começava a preparar o café , aos poucos tudo ia ganhando vida, e o patrão não demoraria muito, era o primeiro da casa a sair da cama, e lembrou- se da Sinhá falando que quando envelhecemos mudamos os hábitos...A voz aguda da Sinhá ecoou sobre os cômodos da casa como pedido de socorro, ,imediatamente Nhanhá deixou seus afazeres e saiu correndo em direção ao quarto, atravessou os corredores que pareciam intermináveis, ao mesmo tempo que tentava imaginar o motivo do grito, só podia ser algum bicho,medrosa como era, a Sinhá tinha se assustado.Quando chegou na porta do quarto espalmou a mão no portal para se apoiar e ofegante deparou-se com Sinhá segurando o patrão pelos ombros na beirada da cama ao mesmo tempo que dizia:-Nhanhá ele se foi, ele se foi, faça alguma coisa,me ajude por favor!Estarrecida ela entrou no quarto meio que não querendo acreditar no que via, aproximou-se, segurou-lhe as mãos, estas já frias, deixou seus dedos escorregarem sobre olhos dele fechando-os ao mesmo tempo em que dizia em voz baixa como se ele pudesse ouvi-la: Eh , sinhô, o sinhô tava certo. È tempo de colheita!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O varão



Quando nasceu meu rebento;
O pai não podia mais esperar
Andava de um lado pro outro
Querendo comemorar.

O filho que tanto queria
Seus passos iria guiar
Faria dele um homem
Alguém com quem pudesse contar.


Eu do meu canto pedia
O Deus pro menino chegar
Saúde, paz, alegria,
Ele pudesse encontrar.

Hoje após muitos anos
Homem feito já está
Adjetivos não lhe faltam
Por todo seu caminhar.

Encanta-me sua hombridade
Que tanto podia herdar
Seja valente filho meu
Desbrava teus caminhos
Sonhe alto, conquiste
A vida não pode esperar.

Essa poesia foi feita para meu filho Lucas ,
A quem muito amo !

As Meninas



Alegres e faceiras
Elas brincam
Sem parar
A casa fica pequena
De tanto aprontar.


Enfeitam-se
Pintam-se
Laços de fitas a amarrar
Esperam um príncipe encantado
Que demora a chegar e
Debruçadas na janela
Sonham em vê-lo passar.


O desejo de uma
Completa o da outra,
Pedem sem parar
Dá- me isso...
Dá- me aquilo...
Tudo serve para agradar.


Quando a noite chega,
Cansadas de tanto aprontar,
As meninas
Sempre unidas
Põem-se a gargalhar.
-Silêncio!Já é hora!!
Diz o pai a bradar. Mas elas não se importam
E continuam a brincar.

Em minhas humildes preces
Rogo a Deus no altar
Que nunca as abandone
E que delas não deixe de cuidar.
E que sejam sempre "meninas"
Para essa vida enfrentar.


Eu fiz essa poesia para minhas duas meninas
a quem amo muito, Andreza e Alexandra !

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

My Family



A ti ó terra deixo o meu legado, meus filhos, minha vida ! com eles eu tanto ensino , quanto aprendo !

" Os girassóis " de Vicent Van Gogh



São as minhas preferidas , eu as ofereço a você que carinhosamente visita o meu blog !

domingo, 27 de junho de 2010

"Por que eu sou do tamanho daquilo que sinto , que vejo e que faço , não do tamanho que as pessoas me enxergam ! " ( Carlos Drummond )

“O tempo é o mesmo para mim e para você: cruel!”

Com o passar dos tempos fomos perdendo hábitos, ou melhor, dizendo bons hábitos que fazia o nosso dia a dia parecer menos estressante como, por exemplo, o de visitar amigos e parentes, contar “ causos”,ouvir e relatar fatos cotidianos .Isso funcionava como uma terapia, acredito eu.Bem, por falar em hábitos outro dia aconteceu um fato interessante. Mas antes de contá-lo, quero lembrar um amigo de meus pais, de origem holandesa, que muito nos visitava e que entre conversa e outra contava os costumes de sua terra natal, um que nos chamou muito a atenção foi dizer que como a vida já não nos proporcionava tempo para visitas, fizeram do velório uma forma, embora estranha de comemorar encontros e reencontros. Assim, quando morria uma pessoa da família sabiam que reencontrariam amigos e parentes que não os viam há muitos anos. Faziam jantares deliciosos para marcar o momento (trágico por sinal). E atualmente tenho pensado muito nisso e observado que realmente, quando morre alguém da nossa família ou de amigos nos reencontramos com pessoas há muito não vistas e que por um instante o momento que não deixa de ser trágico,torna-se até agradável. Dizendo isso me lembrei do fato que aconteceu (o mesmo que ia começar a conta, lembra?) Numa determinada ocasião morreu um parente de uma amiga minha e estávamos todos a velar o defunto (vou fazer outra pausa para lembrar de minha admirável professora de literatura Brasileira explicando o real significado de velar alguém, disse que era um momento para lembrar dos feitos, amizades do falecido por essa vida, tudo isso em silêncio e profundo respeito. Acredito que com o passar dos anos fomos nos perdendo nesse contexto),enquanto velávamos, as pessoas e parentes iam chegando , cumprimentando-se e acomodando nos cantos da casa(o que aliás considero muito estranho ,invasão de privacidade, sua casa ser tomada de estranhos observando seus pertences, suas particularidades, entra sai do quarto,da sala,bebe água ,repetida vezes)Continuando, em um dado momento encontramos com uma conhecida de infância , mas que não víamos desde que se mudou para outro estado. Após os cumprimentos sentamo-nos em uma sala sombria ao lado de um velho sofá e conversamos muito, falamos de nossas vidas ,e isso envolvia maridos e filhos,trabalho empregada... Depois de algum tempo, ela se despediu e saiu da sala deixando-nos a sós, minha amiga olhou-me e disse: “ - Nossa o que foi que ela arrumou ,ela acabou! Envelheceu, engordou, e ainda como se não bastasse completou com um” coitada!” ,olhei para ela pensei, ainda bem que pensei e não disse o que pensava daquilo,levantei-me despedi e saí.Depois de um longo tempo tornei a encontrar com a velha conhecida de infância que tinha sido refletida tristemente aos olhos da minha amiga, conversamos e então ela me disse:” -Menina, que bom te ver!Queria fazer um comentário com você, é sobre a nossa amiga, o que foi que houve?Ela está tão acabada, com um jeito de sofrida, enrugada, até comentei com meu marido, meu Deus!”Passei um bom tempo da minha vida pensando naquelas duas, seria inveja,não não creio,acredito mais na dificuldade que o ser humano tem em aceitar, principalmente as mulheres,que o tempo é uma questão implacável sobre nós e que isso se revela mais cedo ou mais tarde para mim e para você, mesmo que seja cruel e irreversível!.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

"De tudo ao meu amor serei atento..." Vinicius de Moraes




Recorrendo a Machado de Assis

Depois que me enveredei nessa aventura de escrever crônica comecei a pensar na competição acirrada dos jornais para vender seus impressos e nos escritores cujos textos buscam relatar épocas e costumes com hora e data marcada para entregar os seus trabalhos, tudo literalmente serve e funciona como assunto. Trânsito? Serve! Impunidade dos políticos? Futebol... É certo que assunto tem, mas, e se a criatividade falhar? E se o texto não deslanchar? Mas adiante pensei: “não posso sair por aí escrevendo de qualquer jeito, preciso saber, relembrar as características e ou quem teria inventado esse gênero: Crônica?! Pesquisar na internet seria o mais cômodo, porém o mais imparcial, queria era mesmo conversar com alguém, trocar idéias, tirar dúvidas, foi então que lembrei do Machado, olhei para o relógio já passava das 23 horas, talvez fosse tarde para telefonar, mas levando em consideração que ele era um escritor deveria dormir tarde e adorar a noite (como eu). Como assim, que Machado? Aquele das “Memórias Póstumas de Brás cubas”; o de Assis; Machado de Assis. Do outro lado uma voz rouca atendeu e assim que esclareci minhas dúvidas ele, Machado de Assis, começou a falar:” Bem cara amiga, a um meio certo de começar uma crônica (lembrou-se de um artigo que escrevera em 1877 sobre o tema) por uma trivialidade. Respondi meio que indagando: -como assim? -Como seria isso?” É dizer Que calor! Que desenfreado calor”Resvala-se do calor para la glace est rompue”¹ Compreende ?”- Sim, respondi prontamente; Alguma coisa como “ Quebrar o gelo” disse eu querendo esconder minha ignorância diante de tamanha sabedoria. Continuou com aquela voz rouca porém mansa (...)” Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crônica mas à toda a probabilidade de crer que foi coletânia das primeiras duas vizinhas. Essas vizinhas entre o jantar e a merenda sentaram-se à porta para debicar o sucessos do dia. Uma dissera que não pudera comer no jantar e os demais acontecimentos que as circulavam. Eis a origem da crônica! Alô, você ainda esta aí?” Perguntou “Machado.”- Sim, sim respondi ! Enquanto falava eu imaginava fatos e situações por isso o silencio! Ah! Bem! Disse Machado. Na verdade eu estava encantada e ele continuou: “Se você pensa em escrever deve se lembrar de que as notícias além de orientar as pessoas devem oferecer algo mais o” Prazer de descobrir” Isso segundo Jacques Wolgensinger², grande amigo.”Em seguida agradeci a Machado de Assis pela atenção e contribuição e este mostrou-se satisfeito, próprio dos grandes homens, sábios que entendem que o saber deve ser compartilhado senão perde o sentido. Saudamo-nos desligando os telefones. Agora já me sentia mais segura com as orientações do grande mestre, escutando um caso, recordando um episódio ali, olhando uma situação e eis o material para reflexão, basta agora estimular os leitores assim como você a lerem minhas próximas crônicas.

1.”La glace est rompue”.Em francês,” quebrou-se o gelo”

2. Jacques Wolgensinger. Escritor francês, faleceu 10/11/2008, viveu em época diferente a de Machado de Assis

home sweet home !

terça-feira, 22 de junho de 2010

E aí , o que deu a greve ?

Resolvi buscar no AURÉLIO o significado da palavra greve(suspensão de atividades de caráter coletivo),talvez para compensar o estresse desse período tão atribulado.Durante este tempo nos tornamos cúmplices,solidários com a situação uns dos outros.E EM GREVE ACONTECE DE TUDO,TEM SEMPRE UM QUE ALIMENTA O MOVIMENTO E DE ONDE SURGEM AS INFORMAÇÕES ,ah tem também aquele que nem quis aderir ao movimento,mas todo dia tem uma novidade descabível ,e os mais centrados para não dizer conservadores OLHA GENTE temos que ter muito cuidado...TEM AQUELE que no início do ano já havia comprometido o salário. E FULANO?VOLTOU? è minha filha, ele paga prestação da casa própria, uma nota preta. E o Oportunista , ah , esse consegue tirar proveito de tudo , achei tão bom essa greve , fiz tanta coisa , arrumei gaveta, fui ao medico ,dormi tanto ... ” . E sem contar com a situação do contratado , esse coitado , é o alvo certeiro da classe dominante para “minar” a greve , e consegue , sempre ! Mas há um momento em que a própria greve chega a incomodar . “ isso ta demorando de mais, sei não ! ou ii , to cansada desse negocio , os dias passam , o calendário é vigiado dia a dia “ só posso comprometer meu salário mais certo tempo ” . Os contatos são rápidos , telefones se interligam , não importa a hora nem o lugar , o comunicado chega ao seu destino , como diz a minha mãe : “ isso mexe com os nervos da gente ! .” . Chega !! Até que um belo dia , já cansados e inseguros com o desenrolar das negociações somos unânimes ; VOLTAMOS! Meio sem graça e sem grandes perspectivas . E começamos tudo de novo , na hora do café , nos corredores reclamamos do salário , da inflação, da Secretaria da Educação , do governador ... prometemos até não mais fazer valer nossa maior arma contra a indiferença do governo , o exercício do voto . E quando nas ruas fomos indagados :

- E aí , o que deu a greve ? podemos responder veementemente :

SOLIDARIEDADE!

Sentimento que uniu e fortalece nossas bases , esse legado de companheirismo deixaremos a todos , até porque essa não será a primeira nem a ultima , outras virão!

- Companheiros(a) , abraços calorosos ,Obrigada e até breve !

Karla Mageste de Carvalho Matos Professora e Participante do movimento de greve do ano de 2010 em Santa Margarida -MG